Sobre
o 25 de Abril, afirma Carmo Afonso, na sua crónica do mesmo dia, neste jornal,
que “sempre houve quem dele se sentisse vítima por ter sido despojado de
património ou do poder”.
Esqueceu-se
a colunista (…) de mencionar aqueles, talvez o grupo mais numeroso, que, logo a
seguir ao 25 de Abril e mesmo sem serem privados “de património ou de poder”,
até porque os não possuíam, estiveram na iminência de serem espoliados do mais
valioso de todos os patrimónios: de si próprios, dos seus ideais de liberdade,
dos seus valores, da sua concepção de modo de viver.
Os que tentaram voltar a fazer de nós os adultos-crianças que fomos durante o salazarismo, são os mesmos que agora, aberta ou sonsamente, não se envergonham do seu putinofilismo.
* Publicado
no “Público” em 26-04-2022
Flávio Henrique Vara
Rua Leopoldo de Almeida, 13-7
A
1750-137 Lisboa
965558202
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