quarta-feira, 12 de maio de 2021

FORA COM O GALAMBA

  

O membro deste Governo

que tutela a energia

de energia não tem míngua,

mormente quando se trata

de fazer usa da língua.

 

Língua tão grunha e tão rasca,

latrinária e poluente,

imprópria até duma tasca,

quanto mais de um Ministério

que se diz do Ambiente!

 

Num rebate de decência

corram de lá esse traste;

pra avacalhar o país

já temos choldra que baste.

 

       

                                          

 

 

 

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Assim Se Deputa

Lá está na fila da frente 

petulante, displicente,
com seu brinquinho na orelha;
está na bancada rosa,
em vez de estar na vermelha.
 
Em debate ou discussão
é nhurra até dizer chega,
faccioso compulsivo;
sempre dono da razão
que possui em exclusivo.
 
Na linguagem que utiliza,
 acintoso, ajavardado;
e quando está com a mosca,
é como um perro açulado.
 
Ele há prà aí alimárias
tão nojentas, tão sectárias
que só de as ver nos écrãs
nos provocam alergia…
 
Mas que podemos fazer?
Gramá-las e pouco mais;
são dejectos naturais
da nossa democracia.
 

“Absoluta integridade moral” (*)

Em artigo deste jornal do passado 25 de Abril, escreveu a conspícua jornalista Teresa de Sousa o seguinte:

À frente do Governo, do Parlamento e da Presidência estão três cidadãos de absoluta integridade moral, que representam a moderação contra o tribalismo e que têm um passado de defesa intransigente da democracia liberal”.

Relativamente à “absoluta integridade moral” do cidadão que está à frente do Governo, permito-me observar: como é amplamente conhecido e comentado, dá-se ao vezo de afastar dos lugares de relevância política e administrativa as personalidades independentes e imparciais, quando a “integridade moral” das mesmas o incomoda, substituindo-as por compinchas, parentes, padrinhos de casamento, colegas de faculdade e outros yes-men, como se o país se reduzisse ao círculo dos seus muchachos e ao seu tribalismo partidário, num modus operandi obsceno e desbragado.

Pergunto, pois: com que óculos e de que cor a jornalista Teresa de Sousa observa a realidade?


* Carta enviada ao jornal "Público" em 28 de Abril último e não publicada.

 

 

Arcades Ambo

  Rapazola petulante e tão levado da breca que pô-lo a governante não lembraria ao careca.   Lembrou, contudo, ao Monhé, per...