segunda-feira, 10 de maio de 2021

“Absoluta integridade moral” (*)

Em artigo deste jornal do passado 25 de Abril, escreveu a conspícua jornalista Teresa de Sousa o seguinte:

À frente do Governo, do Parlamento e da Presidência estão três cidadãos de absoluta integridade moral, que representam a moderação contra o tribalismo e que têm um passado de defesa intransigente da democracia liberal”.

Relativamente à “absoluta integridade moral” do cidadão que está à frente do Governo, permito-me observar: como é amplamente conhecido e comentado, dá-se ao vezo de afastar dos lugares de relevância política e administrativa as personalidades independentes e imparciais, quando a “integridade moral” das mesmas o incomoda, substituindo-as por compinchas, parentes, padrinhos de casamento, colegas de faculdade e outros yes-men, como se o país se reduzisse ao círculo dos seus muchachos e ao seu tribalismo partidário, num modus operandi obsceno e desbragado.

Pergunto, pois: com que óculos e de que cor a jornalista Teresa de Sousa observa a realidade?


* Carta enviada ao jornal "Público" em 28 de Abril último e não publicada.

 

 

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