Prouve a Deus, por amor, vir ter
connosco,
na sua divindade,
através do seu Verbo,
a segunda pessoa da Trindade.
Poderia ter vindo
de múltiplas maneiras,
mas escolheu aquela
mais humana e singela:
nascer de uma mulher a quem
não desdenhou fazê-La sua mãe.
A nenhum outro ser nem mesmo aos anjos
Deus outorgou tal privilégio,
e o homem, muito mal habituado,
no seu pedestal régio,
reagiu ressabiado.
Ferido em seu orgulho,
fez-lhe engulho uma tal disparidade;
se ao menos Deus tivesse optado
p’la lei da paridade…
Mesmo dentro da Igreja, ao arrepio
do proceder de Deus,
o homem retaliou com felonia:
rebaixou a mulher, tirou-lhe o pio,
vedou-lhe presidir à eucaristia.
Nem tida nem achada,
só por muito favor
lhe permite tarefas de criada.
Cabe-nos perguntar a tais mandões,
na sua prepotência:
até quando abusareis
da nossa paciência?
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