Adorável
criança,
nos
seus verdes nove anos de estatura,
aconchegando
ao peito
o
seu gatinho, cheia de ternura.
E
enquanto esse retrato da menina,
desaparecida
e procurada,
pela
televisão era emitido,
já
ela era cadáver, tendo sido
às
mãos do próprio pai estrangulada.
A
madrasta ajudou nesse suplício,
e
aos olhos suplicantes da menina
a
pedir salvação,
foi
tão luciferina
que
não lhe deu a mão.
Pai
e madrasta monstros
que
as leis da natureza desafiam,
pois
no reino animal as próprias feras
não
fazem isso às crias que procriam.
Meu
Senhor e meu Deus,
Tu
que és um Deus de amor, um Deus clemente
porque
é que permitiste
que
no altar do demónio
fosse
imolada esta inocente?
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